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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bullying. Não é brincadeira, não!

Sabe aqueles apelidos e comentários maldosos que circulam entre os alunos? Considerados "coisas de estudante", essas maneiras de ridicularizar os colegas podem deixar marcas dolorosas e por vezes trágicas.

A criançada entra na sala eufórica. Você se acomoda na mesa enquanto espera que os alunos se sentem, retirem o material da mochila e se acalmem para a aula começar. Nesse meio tempo, um deles grita bem alto: "Ô, cabeção, passa o livro!" O outro responde: "Peraí, espinha". Em outro canto da sala, um garoto dá um tapinha, "de leve", na nuca do colega. A menina toda produzida logo pela manha ouve o cumprimento: "Fala, metida!" Ao lado dela, bem quietinha, outra garota escuta lá do fundo da sala: "Abre a boca, Zumbi!" E a turma cai na risada.

O ambiente parece normal para você?

Pois saiba que o nome dado a essas brincadeiras de mal gosto, disfarçadas por uma duvidoso senso de humor, é bullying. O termo ainda não tem uma denominação em português, mas é usado quando crianças e adolescentes recebem apelidos que os ridicularizam e sofrem humilhações, ameaças, intimidações, roubo e agressão moral e/ ou física por parte dos colegas.

Entre as conseqüências estão o isolamento e a queda do rendimento escolar. Em alguns casos extremos, o bullying pode afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.


Foi o que aconteceu em janeiro do ano passado, Edmar Aparecido Freitas, de 18 anos, entrou no colégio onde tinha estudado, em Taiúva (SP), e feriu oito pessoas com disparos de um revólver calibre 38. Em seguida, se matou. Obeso, ele havia passado a vida escolar sendo vítima de apelidos humilhantes e alvo de gargalhadas e sussurros pelos corredores.

Meire Cavalcante

Fonte: Abrapia - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância e a Adolescência. Quer saber mais, acesse:www.observatoriodainfancia.com.br



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